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Como um projeto social ajudou idosos a 'quebrarem' o isolamento

Oferecendo apoio, carinho e presença, Juntando Pontas trabalha para beneficiar pessoas a partir de 60 anos. E tem atividades hoje para os avós

Virtz|Ana Clara Arantes, do R7

Vitor Portugal prestando atendimento ao senhor Antônio Yamawaki
Vitor Portugal prestando atendimento ao senhor Antônio Yamawaki Vitor Portugal prestando atendimento ao senhor Antônio Yamawaki

Neste domingo (26), é comemorado o dia daqueles que nos mimam, daqueles que fazem a melhor comida e daqueles com quem, provavelmente, passamos a maioria dos nossos domingos. É Dia dos Avós, que nos enriquecem com memórias afetivas e conhecimento a cada momento e a cada história.

Eles merecem toda nossa admiração e homenagem, e para comemorar este dia, o projeto Juntando Pontas oferece uma programação exclusiva aos avós e suas famílias. Um domingo todo voltado para eles.

O projeto social terá um dia inteiro de atividades online para pessoas a partir de 60 anos. O encontro virtual será realizado no Facebook e no Zoom, das 9h às 18h, e terá uma programação diversificada. Veja mais informações no site do projeto.

Mas não é somente neste domingo que os idosos são lembrados. O Juntando Pontas presta assistência aos nossos longevos há algum tempo. O projeto social faz parte dos benefícios oferecidos pela Associação Beneficente e Cultural B'nai B'rith São Paulo, por meio da celebração do Termo de Fomento com o Governo do Estado de São Paulo, em intermédio com a Secretaria de Desenvolvimento Social e do Conselho Estadual do Idoso.

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Conhecendo o projeto

O Juntando Pontas dispõe, gratuitamente, de atividades cognitivas e culturais. O modelo atual é remoto, devido à pandemia do novo coronavírus. Antes disso, ocorria de modo presencial, na cidade de São Paulo. Virtualmente, pôde ser extendido para todo o estado paulista.

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De toda forma, o projeto tem ajudado a "quebrar" o isolamento que alguns idosos vivem ou sentem.

O objetivo é proporcionar aos idosos aquilo que eles necessitarem, seja uma companhia para ir ao cinema, atividade física ou auxílio em alguma tarefa. Assim, é criada uma rede de apoio entre os beneficiários e os Empreendedores do Cuidado Social. São eles que prestam os serviços às pessoas que fazem parte do projeto.

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Os interessados em trabalhar no Juntando Pontas precisam fazer um curso de formação para que estejam ainda mais aptos para atender os beneficiários. E é necessário ter 40 anos ou mais para realizar o atendimento aos idosos.

A idealizadora Silvia Scagliarini
A idealizadora Silvia Scagliarini A idealizadora Silvia Scagliarini

A idealizadora do projeto, Silvia Scagliarini, explica o motivo de estipulação da faixa etária: "O profissional com mais de 40 anos é mais maduro e possui vivências anteriores cuidando de pais ou tios. Além disso, muitos buscam uma recolocação no mercado de trabalho, novas atividades, ou um novo propósito de vida."

Ela conta que a construção do Juntando Pontas veio depois de viver por alguns anos com sua tia, na Suíça. "Desde pequena tinha um grande carinho pelas pessoas longevas. Enquanto morava com a minha tia, fiz cursos sobre longevidade. Depois fui morar em Israel e lá trabalhei com idosos durante dois anos."

Silvia relata que os empreendedores acabam se tornando amigo dos idosos, o que faz com que eles se sintam acolhidos. "O retorno aos longevos do Juntando Pontas é recompensador", diz ela.

Contando (e fazendo) história

Não são apenas atividades, mas história. Os idosos que fazem parte do projeto social se sentem amparados. Floripes Zillig, 73, conheceu o projeto por intermédio de sua filha Patrícia Zillig. Ela contou ao R7 que se sentia muito sozinha desde que a pandemia começou.

Floripes conheceu o projeto graças à filha Patrícia
Floripes conheceu o projeto graças à filha Patrícia Floripes conheceu o projeto graças à filha Patrícia

"Não dá para sair agora e isso me fez sentir solidão. Depois que comecei a conversar com a Michele, meus dias estão melhores". Floripes e a empreendedora Michele Paz conversam por telefone duas vezes por semana, o que torna, segundo ela, seus dias em casa mais leves.

Seja narração de histórias, troca de vivências ou outra atividade, é fato que as ações oferecidas aos idosos passam a fazer parte de suas vidas, transformando o dia-a-dia de cada um deles e construindo novas histórias em seus corações.

Aprender e retribuir

A Empreendedora do Cuidado Social, Raquel Budow, é uma das colaboradoras do Juntando Pontas. Há mais de 20 anos, ela atua em trabalhos voluntários.

Procurando se reinventar profissionalmente e buscando novos caminhos, começou a atuar no projeto em março deste ano. "Estar no Juntando Pontas se deve à vontade que eu tenho de trabalhar com pessoas", conta Raquel.

Para Raquel, conviver com os idosos é aprendizado
Para Raquel, conviver com os idosos é aprendizado Para Raquel, conviver com os idosos é aprendizado

E é por gostar de estar em contato com "gente", que Raquel vai construindo uma relação particular e única: "Com o contato, a gente aprende o que cada um gosta e estuda para poder ajudar mais", relata.

Raquel observa que, além de ser um trabalho, exercer a empatia e abrir a escuta ao idoso é extremamente importante não só para eles, mas para ela: "Eu já tenho 57 anos, então, estou olhando para como eu posso ser daqui um tempo. Quais serão minhas necessidades, por exemplo. É um aprendizado. Além disso, o carinho que nós recebemos é muito legal e bem rico."

A empreendedora deixa uma reflexão: "Conviver com os idosos é poder aprender e é muito afetivo. Estar com eles é poder devolver um pouco do que se recebeu, como carinho e atenção. É ter tido alguém que olhou por você e poder retribuir."

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