Xueli Abbing foi abandonada na porta de um orfanato na China quando ainda era apenas um bebê, há 16 anos, por ser diferente das outras crianças. Elas nasceu com albinismo, uma condição genética caracterizada pela falta de melanina, pigmento que dá cor à pele, aos cabelos e aos olhos
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Assim como outras condições que fazem as pessoas destoarem daquilo que é considerado normal pela sociedade, o albinismo é rodeado de preconceitos. Na China, essa condição é vista como uma maldição, um fardo incapacitante. Essa perspectiva pode ser uma das razões que levaram ao abandono de Xueli
Aos 11 anos de idade, ela foi descoberta pela agência de talentos Zebedee Management e se tornou modelo. Ao longo de sua carreira, ela já foi destaque na revista Vogue e fotografou para grandes marcas da indústria da moda
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Focada em pessoas com deficiência, Zebedee Management busca promover a inclusão no mundo da moda e da publicidade. "A deficiência, muitas vezes, foi deixada de fora do debate sobre diversidade. Ela parece ser o último tabu. Mas nós queremos mudar isso. Queremos que campanhas publicitárias com pessoas com deficiência sejam comuns", afirma a empresa em seu site
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O albinismo ocorre em todos os grupos étnicos e raciais e as pessoas podem ter diferentes níveis de pigmentação, de acordo com o tipo específico da doença, que também pode afetar a capacidade de enxergar. Xueli, por exemplo, tem no máximo 10% de visão e seus olhos são extremamente sensíveis à luz
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Ela é fotografada com os olhos fechados na maioria das vezes, porque não consegue olhar diretamente para a luz. ""Quase nunca abro os olhos durante as sessões de fotos, porque a luz é muito forte. Quando abro os olhos, quase sempre os aperto", afirma Xueli na legenda de uma das fotos que compartilhou no Instagram
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Xueli falou sobre a inclusão de pessoas com deficiência no mundo da moda em entrevista à BBC. "Ainda há modelos que têm quase dois metros e meio e são magros, mas agora as pessoas com deficiências ou qualquer característica diferente aparecem mais na mídia e isso é ótimo, mas deveria ser algo normal", disse
"Modelos com albinismo costumam ser estereotipados em fotos para retratar anjos ou fantasmas e isso me deixa triste", acrescentou
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"Quero que outras crianças com albinismo, ou qualquer outra deficiência, saibam que podem fazer e ser o que quiserem. Eu só sou diferente da maioria em alguns aspectos, mas faço de tudo. As pessoas até podem dizer que você não consegue algo, mas isso é mentira. Apenas tente", aconselha a jovem
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Quando não está posando para as lentes de uma câmera ou desfilando nas passarelas, Xueli gosta de praticar esportes,fazer crochê e assistir vídeos no Youtube. "Ela conhece muitos fatos curiosos e adora filosofar sobre a vida com outras pessoas", conta sua irmã Yara em entrevista ao Bored Panda Veja também: Pontos de programa de fidelidade viram cestas básicas para mães