O departamento de Engenharia de Materiais do Centro Universitário FEI, de São Bernardo do Campo (SP), resolveu agir para ajudar os profissionais de saúde durante a pandemia do novo coronavírus.
Saiba como se proteger e tire suas dúvidas sobre o novo coronavírus
Diante da falta de equipamentos de proteção individual (EPI’s), o professor Rodrigo Magnabosco recrutou outros professores da FEI para produzir máscaras de proteção contra a covid-19.
“Comecei imprimindo 10 equipamentos a pedido da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e resolvi buscar mais professores para produzirmos máscaras destinadas a hospitais da região do ABC paulista”, explicou Magnabosco.
Leia também
Com suas quatro impressoras 3D, a FEI produz hoje cerca de 20 máscaras por dia. Porém, uma parceria com a Abinfer (Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais), com quem desenvolve a técnica de injeção de plásticos no lugar da impressão 3D, aumentará a fabricação para 6.500 peças diárias.
“A Abinfer enviará os EPI’s para o Ministério da Saúde, que fará parte da distribuição, enquanto nós estamos em contato com prefeituras da região do ABC, Incor e entidades carentes credenciadas a FEI para fazer as doações”, contou o professor.
Fábrica de máscaras em casa
Marcelo Lafarciolavi, aluno de Engenharia Mecânica da FEI, começou a produzir máscaras de proteção contra o coronavírus em sua própria casa.
Junto com outros três voluntários de um grupo de makers (nome atribuído a quem trabalha com impressão 3D), o aluno já produziu mais de 100 máscaras que foram doadas a um hospital de Diadema.
“Nesses 5 anos e meio como aluno da FEI, uma coisa que aprendi foi a necessidade de ajudar e ter iniciativa para tomada de decisões que possam contribuir com a sociedade. Quando percebi a quantidade de hospitais que estavam sendo prejudicadas pela falta de EPI’s, resolvi colocar meus aprendizados e valores em prática.”
Atualmente, Lafarciolavi leva cerca de 38 minutos para imprimir cada máscara e produz 15 unidades por dia – a capacidade de sua impressora. As primeiras 60 foram feitas com seu próprio material.
Depois que esgotou seu estoque, o aluno conseguiu apoio da prefeitura de Diadema para aquisição de mais material, mas ainda encontra dificuldade para obter o acetato (parte transparente que cobre o rosto da pessoa).
“Com a maioria dos comércios e indústrias fechadas, preciso pedir o acetato pela internet e a demora da entrega acaba afetando a produção dos equipamentos”, comenta o aluno.