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Fibra de algodão ajuda a transformar a vida de bordadeiras

Bordado é patrimônio cultural e imaterial de Alagoas e vem ganhando destaque nas mídias e melhorando a vida de artesãs

Virtz|Do R7

Apesar do impacto causado pela pandemia, elas obtiveram crescimento nas redes sociais
Apesar do impacto causado pela pandemia, elas obtiveram crescimento nas redes sociais Apesar do impacto causado pela pandemia, elas obtiveram crescimento nas redes sociais

O bordado é reconhecido como patrimônio cultural e imaterial do estado de Alagoas, por ser uma tradição regional transmitida de geração em geração, em geral de mães para filhas. O grande destaque deste artesanato se dá pela técnica do filé, que consiste na elaboração de uma rede constituída por uma linha 100% feita de algodão, esticada sobre um tear, onde os pontos com agulha resultam em peças decorativas e de vestuário.

No entanto, o enfraquecimento do turismo impactou na demanda pelo bordado das artesãs, que trabalhavam sob encomenda para lojistas com comércio nas orlas das praias e em balneários. 

Posteriormente, isso se converteu em uma oportunidade: em um ano, as bordadeiras cresceram expressivamente nas mídias sociais, contando com o apoio de diversos parceiros para fortalecer as comunidades locais dependentes dessa tradição.

Apoio social

As bordadeiras receberam cursos do SEBRAE-AL e da Rede Nacional do Artesanato Solidário (Artesol) sobre como ampliar o alcance de seu trabalho em redes sociais como Instagram e Facebook. Embora a demanda dos lojistas ainda não tenha se reestabelecido, as profissionais do bordado abriram novos mercados, apoiadas por padrinhos, como o Programa do Artesanato Brasileiro (PAB/AL) e o Sou de Algodão.

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A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) ajuda a promover a união de todos os agentes da cadeia do bordado, desde os produtores rurais e da indústria têxtil da fibra de algodão de qualidade, fundamental para o trabalho das bordadeiras, até o consumidor final, passando por tecelões, artesãos, fiadores e designers de moda.

Para as bordadeiras terem uma boa matéria-prima, o trabalho começa com o agricultor na lavoura.

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"O movimento Sou de Algodão reforça a importância da qualidade da fibra em toda a cadeia de consumo. Para um algodão de qualidade, é preciso ferramentas e soluções inovadoras no campo. É preciso um trabalho colaborativo que envolva players desta cadeia, por isso, acreditamos e apoiamos o movimento", conta Rafael Mendes, líder do negócio de algodão da Bayer para a América Latina.

A técnica é passada de geração em geração
A técnica é passada de geração em geração A técnica é passada de geração em geração

A rede de artesãs constitui muito mais do que um ofício ou hobby, sendo parte de um ecossistema local que une mulheres em torno de uma tradição.

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Esse é o caso de Petrucia Lopes, vice-presidente do Instituto Bordado Filé da Região das Lagoas Mundaú Manguaba (INBORDAL).

"Com 14 anos, fui morar em Maceió, no bairro do Pontal da Barra, conhecido como o bairro das rendeiras. Lá, aprendi o bordado filé com as amigas em minha adolescência", diz Petrucia.

"Para essas mulheres alagoanas, o dinheiro proveniente do bordado filé é um complemento de renda familiar muito importante. Há artesã que consegue tirar R$ 500 por mês, valor superior ao Bolsa-Família ou um Bolsa-Gás", diz a vice-presidente. "É um diferencial na renda familiar", finaliza.

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