'Desafio 21 Dias Sem Cigarro' convoca fumantes a mudar seus hábitos
Reprodução/PixabayDia 29 de agosto é considerado o Dia Nacional de Combate ao Fumo, uma referência à prevenção ao câncer de pulmão, tumor maligno que lidera o ranking das doenças oncológicas que mais matam todos os anos.
Embora o país venha se destacando com redução pela metade do número de tabagistas, a pandemia apresentou novos desafios que podem levar a um retrocesso preocupante nesses índices. Segundo pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz, 34% dos fumantes brasileiros declararam ter aumentado, em 2020, o número de cigarros consumidos. O estudo detectou também que o aumento foi maior entre pessoas de menor escolaridade (45,1%) e entre mulheres (38,1%).
Esse crescimento, ainda de acordo com o levantamento, está associado à deterioração da saúde mental dos tabagistas, com piora de quadros de depressão, ansiedade e insônia, principalmente pelos medos e incertezas em relação à crise causada pela covid-19.
Pensando nesse público, o Grupo Oncoclínicas lança neste mês a campanha "Desafio 21 Dias Sem Cigarro", que incentiva os tabagistas a abandonar diferentes formas de fumo. A cada dia, é sugerida uma nova meta a ser cumprida por meio do estímulo a atividades práticas que procuram diminuir a sensação de ansiedade e a própria fissura física que vem com o consumo de cigarro. Para saber mais sobre o desafio, acesse o site oficial da campanha.
"O tabaco continua sendo a principal causa evitável de mortes e câncer do mundo, além de ser responsável também pela piora em casos de doenças crônicas, como do coração, diabetes, entre outros. Quem fuma tem risco aumentado de morte em 3 vezes. Deixar de fumar não só melhora a capacidade cardiovascular, a qualidade de vida e da saúde, mas aumenta a autoestima e ajuda na saúde mental", afirma Ana Gelatti, oncologista do Grupo Oncoclínicas.
Após 20 minutos, a pressão sanguínea e as batidas cardíacas voltam ao normal. Após 8 horas, a quantidade de monóxido de carbono no sangue diminui quase pela metade, normalizando a oxigenação das células. Um dia depois, o monóxido de carbono é eliminado do corpo e os pulmões também começam a eliminar o muco e os resíduos da fumaça.
Dois dias depois, não há mais nicotina no organismo. Com isso, o gosto e o olfato começam a melhorar. A transpiração deixa de cheirar a tabaco. De 2 a 12 semanas depois, a circulação venosa (responsável pelo retorno do sangue dos tecidos para o coração) melhora e, de três a nove meses depois, os problemas respiratórios e as tossem acalmam, a voz se torna mais clara e a capacidade respiratória aumenta em 10%.
A médica lembra que são mais de 8 milhões de mortes no mundo causadas pelo tabaco e 156 mil no Brasil por ano - uma média de 428 vidas perdidas por dia em consequência da dependência em cigarros. Estimativas indicam ainda que 50 mil óbitos ocasionados pelo fumo no país são causadas pelo câncer.