Em teste feito com robô salva-vidas, manequim foi resgatado em questão de segundos
Reprodução/Thomas Wasserwacht HallePesquisadores da área de tecnologia do instituto Fraunhofer desenvolveram um robô aquático, com inteligência artificial, para ajudar no combate aos casos de afogamento na Alemanha.
O projeto foi apresentado após o país europeu registrar somente em 2019, 420 mortes deste tipo em lagos de água doce e em piscinas.
“Existem posturas típicas que você pode observar para reconhecer quando alguém está em perigo”, disse para um jornal local o cientista da computação Helge Renkewitz, que liderou a equipe em colaboração com o serviço de resgate.
Câmeras de vigilância montadas no teto de uma piscina usada para testes registram os padrões de movimento e a posição da pessoa se afogando. As coordenadas são enviadas robô subaquático, que vai direto até a vítima e a traz de volta à superfície.
Robô levou o manequim para a costa pelo caminho mais rápido e acionou o resgate local
Reprodução/Thomas Wasserwacht HalleNos lagos, drones e sistemas tecnológicos assumem a função de câmeras de vigilância. Como a visibilidade é restrita, o veículo subaquático deve ser equipado com sensores acústicos. Os ecos das ondas sonoras podem ser usados para determinar a posição e a orientação das pessoas em perigo. A precisão é tanta que o robô pode se dirigir diretamente para à vítima e fazer o resgate sem precisar de ordens humanas.
Em um teste feito no lago Hufeisensee, em Halle, um manequim de 80 quilos foi mergulhado a três metros de profundidade. O aparelho de resgate foi até o boneco, o levou para a superfície em segundos e o carregou pela rota mais curta, uma distância de 40 metros, até a costa, onde a equipe de resgate já estava esperando. Afinal, quando o robô é acionado para uma emergência, um sinal alerta para a equipe local é enviado imediatamente.