Durante o período de pandemia do novo coronavírus, Dana McSwain, de 36 anos, foi diagnosticada com câncer de mama no estágio 2. A mãe de duas filhas trabalhava em período integral para poder pagar um bom colégio para as meninas.
"Você meio que aceita o diagnóstico da doença e passa para o próximo passo. Então agora eu aceitei o câncer e me preparei para fazer quimioterapia, o que significa perder meu cabelo. Como mulher, seu cabelo não te define, mas ele pode te diferenciar. Eu sempre tive cabelos compridos e comecei a lamentar isso antes mesmo deles caírem", diz ela ao Good Morning America.
Dana também foi diagnosticada com mutação do gene BRCA2, o que a torna suscetível a outros tipos de câncer. "É uma batalha pelo resto da minha vida", define.
Então, ela postou sua foto, sem cabelos, num grupo do Facebook e pediu algum conselho, pois não achava uma peruca com a sua cara, alguma que ela se sentisse à vontade enquanto usava.
No grupo estava Carol Daley Cook, uma enfermeira cuja filha estuda na mesma escola que a filha de Dana, e ela teve a ideia de perguntar para algumas mulheres se elas tinham interesse em doar parte de seus cabelos para criar uma peruca para a amiga.
"Eu coloquei uma nota perguntando se havia interesse em fazer essa peruca para ela, eu não tinha ideia de como. Então encontrei um lugar online, uma mulher na Flórida que customiza perucas", conta Carol.
Poucas horas depois de a enfermeira postar no Facebook, ela já tinha doações suficientes para pagar a peruca e fazê-la usando o cabelo dos amigos e estranhos. As doações vieram de cinco mulheres e de uma menina de 7 anos. A criança ainda deixou um bilhete dizendo: "Querida Srª Dana, lute como uma mulher!!! Porque meninas arrasam! Estou rezando por você, com amor, Georgia".
Pouco mais de uma semana depois de ter a ideia de fazer uma peruca para Dana, Carol conseguiu entregá-la pessoalmente em sua casa. E elas contaram que ambas choraram de emoção.
"O câncer é um clube em que ninguém quer entrar, mas quando você passa por isso e percebe que não apenas não está sozinho espiritualmente, mas também tem uma comunidade ao seu redor, dá uma enorme sensação de força", finaliza Dana.