A líder indígena da Amazônia Nemonte Nenquimo, de 33 anos, ganhou o Prêmio Ambiental Goldman, a premiação mais importante do mundo para o ativismo ambiental, por conta do seu trabalho para salvar 500.000 hectares de florestas tropicais do Equador.
O Prêmio Goldman, fundado em 1989, vai para seis heróis ambientais e é concedido anualmente a ativistas de cada uma das seis regiões continentais habitadas do mundo.
A mulher liderou uma campanha indígena e uma ação legal que resultou em uma decisão judicial protegendo o território da tribo Waorani, que vivem naquela região da floresta amazônica, de empresas de petróleo. A liderança de Nemonte e o processo que ela fez acabou abrindo um precedente para os indígenas de outras tribos seguirem seus passos e protegerem áreas adicionais de floresta tropical.
Em 2018, o Ministro de Hidrocarbonetos do Equador anunciou um leilão de 16 novos contratos de petróleo localizados nas terras tituladas de nações indígenas.
Em resposta a isso, a indígena cofundou uma ONG para lutar contra as concessões de petróleo planejadas. Ela organizou comunidades, realizou assembleias regionais e lançou uma campanha digital visando potenciais investidores com o slogan “Nossa floresta tropical não está à venda”.
Em abril de 2019, os tribunais do Equador decidiram a favor de Waorani - uma decisão que foi mantida no tribunal de apelações.