Um pequeno peixe da fauna aquática brasileira está sendo usado para combater o mosquito da dengue em Dracena, interior de São Paulo. Exemplares de guaru (Poecilia vivipara) foram soltos na fonte de água da Praça Arthur Pagnozzi, a principal da cidade, para eliminar o risco de que o local se transforme em criadouro do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.
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Os guarus são conhecidos por se alimentarem da larva de mosquitos. Os peixinhos foram soltos também em uma piscina desativada que recebeu água da chuva e em um bebedouro de animais.
Com 46,5 mil habitantes, Dracena contabiliza 812 casos confirmados da doença e está em situação de epidemia não declarada oficialmente. Segundo a Vigilância Epidemiológica, os peixinhos se reproduzem rapidamente e são considerados eficazes no controle de larvas.
Conforme a prefeitura, a soltura dos guaruzinhos, adquiridos de criadores autorizados, está sendo feita de forma aliada a outras medidas de controle do mosquito. No fim de semana, foram realizados mutirões para eliminação de lixo em locais públicos e coleta de material que poderia se transformar em criadouros do Aedes.
Peixe típico da América do Sul, o guaru mede em média 4 cm e ocorre nos estados ao longo da costa brasileira, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Também conhecido como ‘barrigudinho’, o guaru resiste a águas moderadamente poluídas e também é utilizado como peixe de aquário.
Antes da Dracena, a prefeitura de Lucélia, também no interior, utilizou os peixinhos para controlar o mosquito da dengue em reservatórios de água do canil municipal, fontes luminosas e bebedouros de animais.