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Pela alfabetização: projeto Ler e Escrever completa 29 anos em 2023

Quase 10 milhões de brasileiros não sabem ler, aponta pesquisa 

Virtz|Do R7

Projeto Ler e Escrever, do programa social Calebe, da Universal, oferece aulas gratuitas para pessoas analfabetas
Projeto Ler e Escrever, do programa social Calebe, da Universal, oferece aulas gratuitas para pessoas analfabetas Projeto Ler e Escrever, do programa social Calebe, da Universal, oferece aulas gratuitas para pessoas analfabetas

No dia 14 de novembro foi celebrado o Dia Nacional da Alfabetização no Brasil. Uma iniciativa que trabalha em favor dessa causa é o projeto Ler e Escrever — instituído pelo programa social Calebe, da Igreja Universal do Reino de Deus —, que oferece aulas gratuitas para pessoas analfabetas, principalmente da terceira idade, e que completa 29 anos de existência.

Presente em todos os estados brasileiros e em mais cinco países, a iniciativa atua com o objetivo de alfabetizar gratuitamente jovens e adultos, com idade entre 14 e 90 anos. Além disso, o projeto oferece cursos profissionalizantes para ajudar na capacitação e inserção dos alunos no mercado de trabalho.

Em 2022, das 9,6 milhões de pessoas com 15 anos ou mais que não sabiam ler e escrever, 59,4% (5,3 milhões) viviam no Nordeste e 54,1% (5,2 milhões) tinham 60 anos ou mais, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A maranhense Sônia Maria Pinheiro, de 67 anos, fazia parte dessa estatística antes de

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ingressar nas aulas oferecidas pelo Ler e Escrever, em São Luís. “Quando cheguei no projeto, não sabia ler nem escrever; mas, com a motivação das educadoras e o meu desejo de aprender, fui alfabetizada. Hoje, já faço uso da leitura e da escrita no meu dia a dia. Agradeço a esse trabalho pela oportunidade de conhecer um mundo novo, através das palavras.”

Há três anos, a piauiense Josefa Rodrigues, de 71 anos, passou a frequentar as aulas, em

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Teresina. “Quando entrei no projeto, não sabia ler, e, por meio dele, fui ajudada a realizar meu sonho de ler a Bíblia nas reuniões da Igreja. Só tenho a agradecer a Deus pela dedicação dos envolvidos.”

Em São Paulo, as aulas ocorrem às quintas e sextas-feiras, das 13h às 14h30, no bairro do Brás — localizado na zona leste da capital paulista. Para participar, os interessados passam por uma pequena entrevista pedagógica, a fim de serem inseridos em uma turma de alfabetização inicial ou, então, em uma turma de supletivo do 1º ao 5º ano, no caso daqueles que já sabem ler e escrever. Nos demais estados, as aulas ocorrem em dias diferentes, considerando a disponibilidade de alunos e voluntários.

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No ano passado, 8,3 mil pessoas foram alfabetizadas por meio da iniciativa no Brasil e exterior. As formaturas do Ler e Escrever acontecem no final de cada ano letivo e a próxima cerimônia está prevista para dezembro de 2023.

Uma nova porta aberta para a educação

Em Santa Lúcia — país localizado na América Central — o projeto Ler e Escrever teve início

neste ano. As aulas gratuitas acontecem durante o período de férias escolares, sendo que a

primeira edição ocorreu entre julho e agosto.

“Foi uma experiência muito emocionante, porque nós, idosos, saímos da escola há muito

tempo e já esquecemos o que nos ensinaram, então é como aprender tudo de novo. Foi muito bom!”, relatou uma das alunas, Lúcia Auguste.

Em 2022, projeto alfabetizou 8,3 mil pessoas no Brasil e no exterior
Em 2022, projeto alfabetizou 8,3 mil pessoas no Brasil e no exterior Em 2022, projeto alfabetizou 8,3 mil pessoas no Brasil e no exterior

Com os ensinamentos e atividades de alfabetização proporcionados pela iniciativa, os idosos santa-lucenses aprenderam a desempenhar tarefas simples do dia a dia, como escrever o próprio nome e assinar documentos, que antes pareciam impossíveis.

A voluntária e professora Paris Cheryl disse que está animada para ensinar novamente aos

alunos do programa social. “Gostei especialmente do entusiasmo dos participantes, da

humildade e vontade de aprender. Sou professora há mais de 30 anos, mas fiquei um pouco nervosa para ensiná-los, mas rapidamente senti o amor deles e vi também a necessidade deles de aprender, independentemente da idade. Eles apareciam, semana após semana, ansiosos para aprender algo novo.”

A primeira classe contou com cerca de 15 alunos, na faixa etária de 60 a 75 anos. Já a próxima turma está prevista para dezembro e janeiro.

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