A presidente da Moldávia, Maia Sandu, elogiou o trabalho da Igreja Universal pelo trabalho social e a assistência aos refugiados ucranianos que vivem no país. Em carta destinada aos evangélicos em maio, a chefe do Executivo do país destaca a maneira exemplar como a igreja procedeu, especialmente quanto à organização para ajudar quem fugia do conflito.
"Obrigada pelo importante trabalho que vocês têm feito nos últimos meses para fornecer apoio aos refugiados da Ucrânia depois que o país foi engolido pela guerra. Aprecio a dedicação com que vocês doaram recursos, tempo e energia para ajudar essas pessoas — a maioria delas mulheres, crianças e idosos, que se mudaram de casa contra a própria vontade", diz o texto.
A Ucrânia enfrenta, há 4 meses, a invasão de tropas russas no território dela. Milhares de pessoas já morreram em decorrência da guerra, assim como milhões tiveram de deixar as próprias casas para sobreviver. A Moldávia, localizada no leste europeu e com uma população de cerca de 3 milhões de pessoas, é um dos países vizinhos que recebem essa população.
"Vocês, por generosidade e cuidado, ofereceram aos refugiados uma chegada acolhedora e calorosa na Moldávia, um porto seguro no nosso país. Mostramos assim que somos um país pequeno, mas com um grande coração. A generosidade dos voluntários moldavos tornou-se conhecida e apreciada, com razão, em todo o mundo", acrescentou. A ajuda aos exilados que estão abrigados na nação foi enviada pela Universal da França, e beneficiou cerca de 2 mil famílias.
No próximo sábado (2), haverá uma intensificação do trabalho social da Universal com os refugiados da Ucrânia na Moldávia com a distribuição de mais de 40 toneladas de donativos. Para a presidente do país, a atuação da igreja evangélica no país é "exemplar".
"A mobilização exemplar, e a capacidade de organização que a igreja demonstrou nesse período, juntamente com outros cidadãos do país, me dão esperança. Acredito firmemente que, juntos, podemos mudar nosso país para melhor, podemos construir uma sociedade livre, pacífica e próspera, um lugar acolhedor e caloroso, um cantinho do céu, onde as pessoas querem morar e construir o futuro", completou.
A DOR NO SEMBLANTE
O Bispo Eder Figueiredo, responsável pela Universal da Moldávia, destaca a importância da
ajuda humanitária e o amparo social que a Igreja está proporcionando neste momento.
“Incansavelmente, os voluntários [da Universal] têm trabalhado nas ações sociais. Percebemos a dor das pessoas, principalmente dos que deixaram para trás famílias”.
“Aqui tem mães de soldados que estão na guerra, e dá para perceber no semblante de cada
refugiado a dor. Todos têm esperança de que isso passe e que, a qualquer momento, possam voltar para as suas casas.”
Com uma população de apenas 2,6 milhões de habitantes, a República da Moldávia é um pequeno país do leste Europeu que faz fronteira com a Romênia e a Ucrânia.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o país abriga mais de 450 mil ucranianos. Em comparação com o tamanho de sua população, a Moldávia é a nação que
mais recebe refugiados da Ucrânia.
Os programas sociais da Universal de diversos países europeus, como Portugal, Polônia,
Inglaterra, Itália, França, Luxemburgo, Bélgica, Romênia e Moldávia, estão mobilizados para
levantar alimentos, roupas e outros itens de primeira necessidade para os ucranianos.
Desde o início da guerra, já foram arrecadadas e distribuídas 378 toneladas de donativos.
Leia a tradução da carta na íntegra:
"Caros membros da comunidade,
Obrigada pelo importante trabalho que vocês têm feito nos últimos meses para fornecer apoio aos refugiados da Ucrânia depois que o país foi engolido pela guerra. Aprecio a dedicação com que vocês doaram recursos, tempo e energia para ajudar essas pessoas — a maioria delas mulheres, crianças e idosos, que se mudaram de casa contra a própria vontade.
Vocês, por generosidade e cuidado, ofereceram aos refugiados uma chegada acolhedora e calorosa na Moldávia, um porto seguro no nosso país. Mostramos assim que somos um país pequeno, mas com um grande coração. A generosidade dos voluntários moldavos tornou-se conhecida e apreciada, com razão, em todo o mundo.
A mobilização exemplar, e a capacidade de organização que a igreja demonstrou nesse período, juntamente com outros cidadãos do país, me dão esperança. Acredito firmemente que, juntos, podemos mudar nosso país para melhor, podemos construir uma sociedade livre, pacífica e próspera, um lugar acolhedor e caloroso, um cantinho do céu, onde as pessoas querem morar e construir o futuro.
Agradeço do fundo do meu coração!
Com apreço,
Maia Sandu"
