Projeto Ser Âmica realiza oficinas profissionalizantes de cerâmica com adolescentes
DivulgaçãoO projeto Ser Âmica, em São Paulo (SP), procura ajudar jovens em situação de vulnerabilidade social por meio de algo diferente: a modelagem do barro. Nanny, idealizadora da ação, conta que o nome do projeto é uma síntese de seus objetivos: com a cerâmica, cada adolescente poderá se "remodelar" como um novo ser.
No Ser Âmica, as peças obtidas pela modelagem da argila são feitas por adolescentes em situação de vulnerabilidade ou que apresentem baixa renda familiar. As peças são apresentadas em exposições e o valor da venda é revertido inteiramente para cada jovem participante, como incentivo para que busquem o melhor para suas vidas por meio das oficinas focadas na arteterapia.
Durante os momentos mais complexos da pandemia de Covid-19 e o consequente isolamento social, muitos perderam seus trabalhos e a atuação desses jovens no projeto acabou se tornando a principal fonte de renda em suas numerosas famílias.
Nanny conta que, além de auxiliar esses jovens, o projeto também foca na preservação do meio ambiente. "Afinal, argila é recurso não-renovável e no Ser Âmica os alunos aprendem a respeitar a si mesmos e ao meio em que vivem", diz ela.
Outro ponto importante é fortalecer nesses jovens o senso de autoestima e de aceitação e valorização de suas origens, em geral bastante humildes. "Não adianta querer que a sociedade não os joguem à margem, se não reconhecerem suas origens e delas se orgulharem. Só assim, é possível superar a exclusão e o preconceito", afirma Nanny.
Além de idealizadora do Ser Âmica, ela também faz pesquisa de doutorado sobre os benefícios do barro aliados à saúde e o papel da arte como agente de transformação social. "Com a pandemia, vimos que a arte manteve a sanidade de muitas pessoas. Foram a música, os filmes e os livros que ajudaram tanta gente a conseguir estar em casa por tanto tempo", finaliza.
Mais informações sobre o Ser Âmica e como participar e ajudar podem ser encontradas no site do projeto.