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Projeto usa dinheiro de multas para financiar bolsas de estudo

Convênio entre Ministério Público do Trabalho e CIEE quer oferecer acesso ao ensino superior e o ingresso ao mundo do trabalho a jovens carentes

Virtz|Pietro Otsuka*, do R7

Projeto usa dinheiro arrecadado com multas para financiar bolsas de estudo
Projeto usa dinheiro arrecadado com multas para financiar bolsas de estudo Projeto usa dinheiro arrecadado com multas para financiar bolsas de estudo

O MPT-SP (Ministério Público do Trabalho de São Paulo) vai encaminhar os recursos obtidos com o pagamento de multas de empresas que descumprirem acordos de ajuste de conduta para custear bolsas de estudos em universidades para alunos carentes. O projeto terá início a partir do ano que vem e valerá pelos próximos cinco anos, com possibilidade de prorrogação.

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A ação é resultado de uma parceria entre o MPT-SP e a Somos CIEE, associação voluntária que atende jovens em situação de vulnerabilidade ligada à CIEE, instituição sem fins lucrativos de colocação profissional.

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O objetivo do projeto é promover o acesso ao ensino superior, a elevação da escolaridade e o ingresso qualificado no mercado de trabalho. O termo de cooperação técnica assinado entre as duas partes vai priorizar jovens com deficiência, negros, membros da comunidade LGBTQI+, jovens egressos do sistema prisional e a população de baixa renda em geral.

“Esperamos que o termo cumpra sua finalidade. A gente vive um momento em que há muitos jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidade extrema, não conseguem acesso à educação e, por consequência, vão para a vida adulta com grandes deficiências escolar e tendo de se colocar em subempregos pela falta de oportunidades. Este convênio é uma maneira de objetivar o melhor acesso desses jovens ao sistema educacional e ao mundo do trabalho decente. É um projeto de empregabilidade, no sentido mais amplo do termo”, explica o procurador-chefe do MPT em São Paulo, João Eduardo de Amorim

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Para Elisiane dos Santos, procuradora do Trabalho e idealizadora da parceria, essa é uma forma de inserção qualificada de jovens no mercado de trabalho. “Hoje existe um cenário de precarização que termina por incidir em violações de direitos, como o trabalho infantil, o trabalho escravo e outras formas de trabalho não tão perversas, mas que também violam direitos, e atingem principalmente segmentos populacionais historicamente discriminados”, analisa a procuradora.

“Queremos proporcionar aos jovens, especialmente aos mais vulneráveis, a possibilidade de ingressar em um curso universitário, ter uma formação profissional e acessar o mercado de trabalho de forma qualificada e na idade própria para a atividade profissional”, conta Elisiane.

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Ação em duas frentes

O documento prevê essa inserção de jovens em situação de vulnerabilidade em duas frentes. A Somos CIEE trabalhará com as instituições de ensino, desenvolvendo políticas de concessão de bolsas e fazendo o acompanhamento dos aprendizes com deficiência até a graduação.

Já o CIEE terá como objetivo inserir esses estudantes em seus programas de estágio, com auxílio de empresas parceiras.

Segundo a superintendente Executiva da Somos CIEE, Maria Nilce Mota, o recurso obtido junto ao MPT-SP será empregado para promover, inicialmente, a inclusão de pessoas com deficiência. “A Somos CIEE foi criada em 2019, com o propósito de conceder acesso ao ensino superior a jovens em situação de vulnerabilidade, por meio de doações de voluntários. Com esse termo de cooperação poderemos ampliar o programa. E temos metas ambiciosas”, afirma.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Ana Vinhas

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